Nesta quarta-feira (18), Maricá deu um importante passo rumo à sustentabilidade com a primeira viagem de teste do ônibus híbrido elétrico-hidrogênio, projeto pioneiro desenvolvido em parceria entre a Prefeitura e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). A linha experimental conectou os hospitais municipais Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, e Conde Modesto Leal, no Centro, marcando o início de uma nova era no transporte público da cidade.
O projeto envolve a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), a Empresa Pública de Transportes (EPT) e a Tracel Industrial. O objetivo é descarbonizar a frota municipal de 145 ônibus, que atualmente operam 42 linhas com tarifa zero, e consolidar Maricá como referência em tecnologia verde no Brasil. O protótipo é resultado de um investimento de R$ 11,5 milhões, financiado com recursos de royalties do petróleo.
O prefeito Fabiano Horta destacou que o projeto não só moderniza o transporte público, mas também prepara Maricá para se tornar um polo industrial de veículos sustentáveis. "Queremos atrair empresas para que a fabricação desses ônibus aconteça aqui no município, fortalecendo nossa economia verde e limpa", afirmou.
Além do modelo híbrido elétrico-hidrogênio, dois outros protótipos estão em desenvolvimento: um movido a etanol e hidrogênio e outro com tecnologia etanol-elétrico. A inovação permitirá ao município deter a patente tecnológica e receber royalties, além de promover a produção local, gerando empregos e desenvolvimento.
Amanda Mendes, moradora de Itaipuaçu e uma das primeiras passageiras a embarcar no ônibus, elogiou a iniciativa. "É muito bacana ver nossa cidade se preocupando com a sustentabilidade e o meio ambiente. Parabéns por esse projeto inovador!", disse após concluir sua viagem.
De acordo com Paulo Emílio Valadão Miranda, professor titular da UFRJ e presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio, os novos ônibus apresentam diversas vantagens em relação aos modelos tradicionais movidos à combustão. "Eles não emitem poluentes, são silenciosos e proporcionam maior conforto aos passageiros e motoristas. É um marco no transporte coletivo", explicou.
A partir de janeiro de 2025, novos testes serão realizados para avaliar o desempenho dos modelos. Após esse período, será escolhido o ônibus mais adequado para compor a frota descarbonizada de Maricá. Segundo o presidente da EPT, Celso Haddad, a iniciativa reforça o compromisso da cidade com um futuro sustentável. "Estamos criando um modelo para o Brasil ao priorizar tecnologias limpas e inovadoras", destacou.
Com a perspectiva de se tornar uma cidade inteligente até 2030, Maricá segue investindo em projetos de energia limpa e tecnologia,