O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), manifestou-se nesta sexta-feira (24) contrário à presença da ex-deputada federal Flordelis no enterro de sua filha adotiva, Gabriella dos Santos de Souza, de 25 anos, encontrada morta na madrugada da ultima quarta-feira dia 22 de janeiro, no bairro do Pacheco em São Gonçalo, um caso sob suspeita de feminicÃdio.
Em um parecer oficial, a promotora de Justiça Camilla Sahione Scisinio Dias classificou Flordelis como "condenada de altÃssima periculosidade" e afirmou que a concessão do pedido seria "inviável", por representar um risco à ordem pública. A ex-deputada cumpre pena de 50 anos de prisão pelo assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
O documento também ressaltou os desafios de segurança no transporte da detenta. "A dificuldade em garantir a segurança pública no deslocamento de Flordelis, considerando a gravidade do caso e sua grande repercussão, torna inviável qualquer escolta em tempo hábil", destacou a promotora.
O sepultamento de Gabriella está programado para este sábado (27), às 16h30, no Cemitério do Pacheco, em São Gonçalo. Em nota divulgada anteriormente, a famÃlia lamentou profundamente a perda e informou que a defesa de Flordelis buscava autorização judicial para que ela comparecesse à despedida.
Inicialmente registrada pela 74ª DP (Alcântara), a morte de Gabriella foi encaminhada para a Delegacia de HomicÃdios de São Gonçalo, que apura suspeitas de feminicÃdio. Áudios de ameaças atribuÃdos ao companheiro da jovem foram encontrados no celular dela, o que reforça a linha de investigação.
Apesar das suspeitas de assassinato, o atestado de óbito aponta como causa da morte uma parada cardiorrespiratória súbita. No entanto, o boletim de ocorrência menciona que "as circunstâncias do falecimento ainda necessitam de uma apuração detalhada".
O delegado responsável pelo caso, Marcelo Braga Maia, já iniciou uma investigação aprofundada, ouvindo familiares e possÃveis testemunhas para esclarecer os fatos.