A Câmara Municipal de São Gonçalo votou, nesta quarta-feira (27), em regime de urgência, um polêmico aumento de salários para a alta cúpula da política local. A proposta, que deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, inclui reajustes significativos para o prefeito reeleito, Capitão Nelson (PL), o vice-prefeito João Ventura (União), os secretários municipais e os próprios vereadores da cidade.
De acordo com o projeto de lei e de resolução, os vencimentos do prefeito passarão de R$ 20,8 mil para R$ 23,8 mil. O salário do vice-prefeito subirá de R$ 13,8 mil para R$ 19,1 mil, enquanto os secretários municipais terão um aumento de R$ 11,5 mil para R$ 16,7 mil. Já os vereadores também terão um reajuste de R$ 18,9 mil para R$ 21,8 mil.
A justificativa para o aumento dos salários dos vereadores foi de que o reajuste é necessário para "acompanhar a inflação e manter a dignidade do cargo", tendo em vista o atual cenário econômico. Já para os membros do poder executivo, a explicação dada pela mesa diretora foi a de que o aumento visa "valorizar os agentes políticos" e garantir o cumprimento dos princípios constitucionais e legais de gestão pública.
A medida gerou debate entre a população e os políticos, com críticos apontando o aumento como um "presente" para os agentes públicos no início do novo mandato. No entanto, os defensores da proposta argumentam que o reajuste é uma medida necessária para a manutenção das funções públicas e para a valorização dos servidores municipais.
A votação em regime de urgência garante que o aumento será implementado já no próximo ano, o que significa que o prefeito, o vice, os secretários e os vereadores de São Gonçalo começarão 2025 com os novos salários.
O projeto segue agora para a sanção do prefeito, que deve formalizar a aprovação nos próximos dias.