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Uma nova chance de vida foi concedida a mais de 10 pessoas neste sábado (08), graças à captação de órgãos realizada pelo Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, Maricá. A doadora, uma mulher de 35 anos, moradora de Ponta Negra, teve morte encefálica confirmada na sexta-feira (07). Foram doados pulmões, rins, córneas e tecido musculoesquelético.
A unidade hospitalar conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que identifica potenciais doadores e orienta as famílias sobre a possibilidade da doação.
Os pulmões, considerados órgãos nobres, foram encaminhados para o Instituto do Coração (InCor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). O transporte foi feito por helicóptero até o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), onde uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) assumiu o translado até São Paulo.
Os demais órgãos foram enviados ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), na Zona Portuária do Rio de Janeiro, para beneficiar outros pacientes que aguardam por um transplante. Todo o processo de regulação segue os protocolos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A diretora-geral do hospital, Ana Paula Silva, destacou a importância da doação, reforçando que a decisão cabe à família do paciente. "A dor da perda se transforma em esperança para aqueles que aguardam um transplante. Essa captação permitirá que mais de 10 pessoas tenham uma nova chance de viver. O compromisso da unidade com o SUS nos permite realizar esse trabalho essencial com excelência", afirmou.
O neurologista Rodrigo Coutinho, presidente da CIHDOTT do hospital, explicou que a paciente doadora sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, agravado por um quadro de hipertensão sem tratamento adequado. A piora do quadro levou à morte encefálica, e a família, sensibilizada, autorizou a doação.
Desde julho de 2024, o hospital conta com um heliponto de 1.000 m², viabilizado por uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), a autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar) e a Secretaria de Saúde. A estrutura facilita o transporte de órgãos, especialmente o pulmão, que precisa ser transplantado em até quatro horas.
A enfermeira Cristiane de Lima, do CIHDOTT, destacou a importância do heliponto: "O tempo é um fator crítico no transporte de órgãos, e o pulmão,