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Moradora de São Gonçalo aguarda há meses por ressonância magnética e sofre com dores intensas

Por Folha do Pacheco em 24/02/2025 às 11:52:30
Foto: Divulgação

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Uma moradora de São Gonçalo enfrenta um verdadeiro drama após sofrer um acidente de carro no dia 8 de setembro de 2024. Com suspeita de rompimento do tendão do ombro esquerdo, ela luta para conseguir uma ressonância magnética pelo SUS e, enquanto isso, sofre com dores intensas que a impedem de realizar atividades básicas do dia a dia.

Após o acidente, a paciente foi atendida por um ortopedista na Clínica da Família em Neves, que solicitou o exame para avaliar a necessidade de uma cirurgia de reconstrução ou fisioterapia. O encaminhamento foi autorizado no posto de saúde e, segundo o comprovante, a solicitação foi colocada na fila de regularização em 18 de novembro de 2024. No entanto, ao consultar o site do sistema, a paciente percebeu que seu pedido não consta na base de dados.

Sem conseguir atendimento adequado, ela relata que precisa tomar dipirona a cada três horas para amenizar as dores e que já gastou, além do que pode com medicamentos. Como trabalha por conta própria e está impossibilitada de exercer suas funções, a situação se agrava ainda mais. "Volta e meia preciso recorrer aos anti-inflamatórios e às emergências, mas só me aplicam injeções e me mandam para casa. Minha dor está piorando e não sei mais a quem recorrer", desabafa Gleice Monique.


Diante da situação, a Folha do Pacheco entrou em contato com a Prefeitura de São Gonçalo, que, por meio de nota, informou:

"A Secretaria de Saúde informa que há alta demanda pelo exame e que irá retomar o agendamento a partir de março."

Gleice segue sem respostas concretas e teme que a demora no exame agrave ainda mais seu quadro de saúde. A situação levanta questionamentos sobre a real capacidade de atendimento da rede pública municipal, especialmente após a inauguração do Centro de Imagens e Especialidades de São Gonçalo (Ciesg), no Vila Três, em 2023.

A expectativa era que a unidade realizasse mais de 29 mil atendimentos por mês, aumentando em 533% a capacidade, ou seja, cinco vezes mais que o atendimento atual do PAM Alcântara. No entanto, pacientes como essa moradora ainda enfrentam dificuldades para acessar exames essenciais, o que coloca em dúvida a eficácia do sistema de regulação e a distribuição de vagas para exames de imagem no município.

A população espera que as promessas de ampliação da saúde pública realmente se concretizem e que casos como esse sejam resolvidos com maior agilidade.

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